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BRASÍLIA, 23 Mai (Reuters) – O governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira uma nova redução de 10% na alíquota de importação de mercadorias sobre grande parte dos produtos comprados no exterior, com o objetivo de reduzir as pressões inflacionárias.
O corte de impostos do Ministério da Economia, que cobre aproximadamente 87% dos bens tarifários do país, foi aprovado após reunião da Câmara de Comércio Exterior do Brasil vigorar entre 1º de junho deste ano e 1º de dezembro. 31, 2023.
Uma fonte já havia confirmado a informação à Reuters.
“A medida de hoje, somada à redução de 10% já feita no ano passado, aproxima o nível tarifário brasileiro da média internacional e, em especial, dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, disse o secretário de Relações Exteriores. Negócios Comércio, Lucas Ferraz, disse em nota à imprensa.
A renúncia decorrente dos cortes de impostos, segundo o ministério, está estimada em 3,7 bilhões de reais (US$ 768,45 milhões).
A decisão de reduzir as tarifas, sem a aprovação do bloco comercial Mercosul, foi tomada sob a proteção de um artigo do Tratado de Montevidéu.
Ferraz disse que o Brasil continuará negociando com os membros do bloco para tentar consolidar e tornar permanentes os cortes nos impostos de importação.
“Nossa expectativa é que este ano consigamos fazer do corte de 20% uma medida de todo o Mercosul”, disse.
Entre os produtos que ficarão fora da medida estão têxteis, calçados, brinquedos, laticínios e alguns itens automotivos.
O governo já havia reduzido unilateralmente as alíquotas da Tarifa Externa Comum (TEC) em 10%, sem a aprovação de todos os membros do Mercosul, dizendo que era urgente lidar com o aumento dos preços.
Em abril, o governo mostrou a intenção de promover um novo corte de 10% nas tarifas de importação.
O Ministério da Economia defende uma abertura gradual da economia e recentemente implementou cortes no Imposto Industrial (IPI) para tornar a indústria brasileira mais competitiva e possibilitar a nova redução do Imposto de Importação.
Uma redução inicial de 25% no IPI foi aumentada para 35%, preservando os produtos da Zona Franca de Manaus. A medida foi levada à Justiça e atualmente está parcialmente suspensa.
($ 1 = 4,8149 reais)
Reportagem de Bernardo Caram em Brasília Redação de Carolina Pulice Edição de Marguerita Choy, Matthew Lewis e David Gregorio
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