A Embraer, sediada no Brasil, quarta maior fabricante de aeronaves do mundo atrás da Airbus, Boeing e Bombardier Aerospace, afirmou nesta quarta-feira que não fornecerá mais as peças de reposição para a fabricação dos aviões de combate e não atenderá mais a frota de empresas russas , segundo a CNN Brasil. A quarta maior fabricante de aeronaves, a Embraer, obteve a aprovação regulatória para seus maiores jatos regionais voarem na Rússia em 2012.
Embora a recente enxurrada de sanções ocidentais e europeias proíba todas as companhias aéreas russas de voar nesses espaços aéreos, a Embraer, que fornece peças para a frota S7 de Moscou – a segunda maior companhia aérea do país, está interrompendo as exportações de peças por ameaças de perda de receita. A Plane Spotters estima que a segunda maior companhia aérea da Rússia, a S7, atualmente tem 17 modelos ‘Embraer 170’ com capacidade para 78 passageiros.
Não há mais modelos ‘Embraer 170’ para a Rússia
A fabricante de aeronaves com sede no Brasil replicou a decisão tomada pelos concorrentes de suas principais companhias aéreas, Airbus e Boeing. Com as sanções que proíbem as operações de aviões russos, os modelos Embraer 170, pilotados pela Rússia, não serão mais vistos decolando nas rotas regionais da UE e do Ocidente devido a sanções gerais aos aviões.
“A Embraer está acompanhando de perto a evolução da ação e vem cumprindo, e continuará cumprindo, as sanções internacionais impostas à Rússia e a certas regiões da Ucrânia”, dizia um comunicado enviado à CNN Brasil Business nesta quarta-feira.
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– NEXTA (nexta_tv) 3 de março de 2022
O fabricante afirmou que os “serviços de peças, manutenção e suporte técnico para clientes da empresa brasileira são afetados pelas sanções” e, portanto, suspensos com efeito imediato. Os modelos brasileiros representam 16% da frota da empresa, com a maioria voando com a frota russa. O acordo da empresa havia lucrado com os jatos comerciais E-190 e E-195 por meio de negócios com Moscou depois que a demanda secou na Europa.
A brasileira Embraer e a rival mundial russa Sukhoi também compartilharam diplomacia, já que a presidente brasileira Dilma Rousseff se reuniu com o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev para priorizar o acordo para a certificação do jato particular Lineage 1000 da Embraer.
A indústria da aviação parece ser mais afetada pelas sanções impostas pela UE contra Moscou, já que esta lidera o que chama de “operação militar” na Ucrânia. Quase 777 aeronaves foram alugadas para companhias aéreas russas, mas dessas 500 foram fornecidas por entidades não russas, conforme os dados da frota Cirium.
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