O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, anunciou planos para lançar sua nova plataforma de tokenização de ativos. Segundo o banco, a plataforma que permitirá a representação de produtos financeiros regulares como tokens baseados em blockchain deve se abrir para investidores de varejo antes do final do ano.
Em um entrevista com o portal de notícias local InfoMoney, Vanessa Fernandes, chefe da unidade Itaú Digital Assets que foi criada para supervisionar a plataforma, disse que a plataforma não é como nada atualmente no mercado brasileiro. Além dos serviços de tokenização, a plataforma apresentará serviços de custódia de ativos digitais e ofertas de token como serviço (TaaS).
“A plataforma fará tanto a emissão, distribuição e custódia de criptoativos (tokens) quanto a integração com outros produtos e canais do Itaú”, disse o executivo.
Outros detalhes divulgados pelo executivo incluem o teste interno da plataforma por funcionários do banco e clientes de Private Bank selecionados por meio da emissão de recebíveis antecipados. A plataforma é construída no cliente Ethereum de código aberto chamado Hyperledger Besu.
O ex-funcionário do Deutsche Bank e JPMorgan esclareceu que a plataforma começará com serviços estritamente de tokenização, pois o serviço de custódia de moeda digital ainda é incerto.
O Itaú Unibanco, com mais de 4.000 agências espalhadas pelo Brasil, é um dos nove parceiros que trabalham com o Banco Central do Brasil (BCB) no projeto de moeda digital do banco central (CBDC) do país – o real digital.
Setor financeiro do Brasil adota a tecnologia blockchain
O Itaú Unibanco não é o primeiro banco a adotar a tecnologia blockchain no Brasil. Bancos brasileiros, incluindo Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco Santander, revelaram que estão trabalhando em várias integrações de tecnologia blockchain este ano.
Em 2021, o banco de investimentos BTG Pactual lançou uma plataforma de investimento em moeda digital chamada Mynt. O impulso é ainda mais proeminente entre os bancos digitais mais jovens que estão surgindo no Brasil.
O aumento na adoção de ativos digitais e tecnologia blockchain levou os reguladores do país latino-americano a procurar endurecer as leis que orientam o setor. Foram propostos regulamentos para licenciar provedores de serviços de ativos virtuais e permitir a aceitação de ativos digitais como forma de pagamento.
O Brasil também revisou seu regime de tributação de ativos digitais para acomodar transações de ativos digitais feitas sem envolver moeda local.
Assista: Painel BSV Global Blockchain Convention, tokenização de ativos e títulos em Blockchain
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