Pequim: Moscou apóia a expansão do Conselho de Segurança da ONU (CSNU), mas não ao admitir Alemanha e Japão, disse o embaixador russo na China, Andrey Denisov, na segunda-feira.
Em seu discurso na sessão plenária do Fórum da Paz Mundial da ONU em Pequim, Denisov, cujas principais declarações foram publicadas nas contas de mídia social da embaixada, ele afirmou que o Conselho de Segurança se tornou um lugar onde “os colegas ocidentais fazem propaganda, apresentando seus pontos de vista como a verdade suprema”, relatou RT.
Portanto, argumentou, há uma necessidade premente de reformar a ONU.
“Nosso país é a favor de ampliar a composição do Conselho de Segurança da ONU com base em um amplo consenso. Para isso, é necessário aumentar a participação dos estados africanos, asiáticos e latino-americanos”, disse Denisov, explicando que isso tornaria o conselho “mais democrático”.
Acrescentou que a Rússia está aberta à ideia de adesão da Índia e do Brasil, mas não da Alemanha e do Japão, “já que isso não vai alterar em nada o equilíbrio interno”, informou a RT.
Seus comentários seguiram-se a vários pedidos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para retirar a Rússia de sua adesão, em meio à operação militar de Moscou em seu país. Os EUA, no entanto, deixaram repetidamente claro que a Rússia continuará sendo um membro permanente do CSNU, pois não há como excluir o país.
Houve discussões sobre o aumento do número de membros permanentes do Conselho de Segurança desde a aprovação da Carta da ONU em 1945. Brasil, Alemanha, Índia e Japão fizeram as demandas mais fortes, disse o relatório.
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